quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Angariação de fundos Casa das Mães - Oriflame | Domingo dia 21 às 16:00h no Hotel Fenix Lisboa


Co-fundadora da World Childhood Foundation, a Oriflame dedica parte do seu tempo a apoiar causas de solidariedade em todo o mundo. A ORIFLAME SOLIDÁRIA deixou de ser um sonho, uma quimera, uma ajuda, uma história... é a consciência de que temos que ajudar, é a paixão que nos comove, é o entusiasmo que nos motiva, é a ambição da responsabilidade... que orientam todos os que abraçam a nossa máxima

Através do grupo Aqui Ganhamos, Oriflame Portugal, decidiu apoiar um projecto inovador – A Casa Das Mães.

No próximo Domingo dia 21 às 16:00h no Hotel Fenix e durante á apresentação do último catalogo do ano iremos efectuar uma venda de rifas cujos os prémios serão produtos Oriflame

As rifas serão sorteadas de acordo com a numeração da Lotaria do Natal

Fundada em 1967 pelos irmãos Jonas af Jochnick e Robert af Jochnick, a Oriflame é uma Empresa de Venda Directa de Cosméticos, presente em mais de 60 países no mundo inteiro.O seu vasto portefólio de produtos Naturais Suecos é comercializado através de uma força de vendas de aproximadamente 3,3 milhões de Assessores de Beleza em todo o mundo.

A experiência em mais de 40 anos a criar cosméticos e produtos de beleza, combinando o melhor da Natureza com o melhor da Ciência, permite-nos ter um portefólio de produtos acessível para todas as pessoas. Deste modo, garantimos:

  • Relação Qualidade/Preço assegurada
  • Ingredientes naturais e normas de fabrico rigorosas

A Oriflame tem um envolvimento social e ambiental que reflecte o respeito pelas pessoas, natureza e animais.

sábado, 6 de novembro de 2010

Casa das Mães Aprovada pelo OP de Lisboa | Implementação 2010 - 2012


A Casa das Mães foi um dos projectos aprovados no Orçamento Participativo de Lisboa e tod@s nós estamos de parabéns por termos acreditado, divulgado e votado.

A proposta feita ao OP foi a de foi "de criação de uma casa-jardim que receba as mães e bebés da cidade e que seja catalisadora das instituições da sociedade civil que actuam nesta área."

Isto é, a proposta divide-se em dois objectivos fundamentais:

a) Dotar a cidade de uma estrutura que receba, informe e acarinhe, com qualidade, famílias, grávidas, mamãs e bebés, ou seus cuidadores principais;

b) Criar um espaço onde profissionais e instituições da sociedade civil, com actuação na área da gravidez, nascimento, parto e cuidados à primeira infância, possam desenvolver as suas actividades.

Quantos grupos de mães, profissionais, instituições, voluntários e voluntárias de várias áreas pretenderam já desenvolver actividades e se depararam com a falta de espaços adequados e a preços acessíveis?

Quantas mães, optaram por trabalhar por conta própria e/ou, a partir de casa e lutam com a falta de um espaço que lhes permita desenvolver e divulgar a sua actividade, estando na companhia dos seus filhos?

Quantas instituições sem fins lucrativos, e essenciais para o bem-estar de mamãs e bebés, se deparam com a falta de um espaço adequado para a instalação da sua sede/ centro de reuniões/ secretariado/ salas de actividades?

A Casa das Mães pretende ser o espaço que congrega os esforços, ideias e respostas destas pessoas e instituições.

A ideia de realizar a proposta ao Orçamento Participativo prima pela independência, não surge associada a nenhuma instituição e não visa representar qualquer tipo de interesse individual, associativo ou coorporativo. Não é a casa da pessoa A ou B, nem da instituição Y ou Z.

A Casa das Mães será a casa de tod@s quant@s estejam disponíveis para nela trabalhar em ambiente colaborativo.

A Casa das Mães, pode ser mais do que o seu espaço físico, pode ser mais do que a simples soma de vontades individuais. As potencialidades deste projecto são tantas quantas desejarmos, por exemplo, estará aqui a oportunidade de reunir as instituições e profissionais que trabalham na área da gestação, nascimento e pós parto para que se crie uma plataforma capaz de representar os interesses das mulheres portuguesas junto dos poderes de decisão?

Tod@s @s pessoas, profissionais e instituições da sociedade civil que desejem contribuir/ usufruir deste espaço, poderão proceder à sua demonstração de interesse e envidar esforços para a concertação de objectivos. Pensamos que este trabalho deverá ser de botton-up pois não parece plausível incumbir a CML de tal tarefa.

A CML fornecerá o espaço e a sua requalificação. A nós cabe dar-lhe vida!

Deixamos este apelo, após o qual, passaremos a uma fase de descanso e introspecção, que se quer de amadurecimento.

Contamos com os vossos comentários, a vossa experiência e sabedoria.



Se preferirem o envio de mensagem privada, aqui fica o contacto de e-mail: casadasmaespt@gmail.com

Saudações Maternas

Imagem:

Charles Courtney Curran's
"On the Heights,” 1909

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vota em nós mesmo que não tenhas filhos, mesmo que não vivas em Lisboa. Necessitamos de ti!


Olá,

somos um grupo de mães com bebés pequenos que fizeram à CML a proposta de criação de uma "Casa das Mãe" com condições para receber e apoiar bebés e suas mães (ou cuidador principal) de forma a que se quebre o ciclo de solidão, falta de informação e angústia a que tantas mulheres se vêem obrigadas no pós-parto.

A proposta está em votação. A CML vai implementar as 5 propostas mais votadas. Contamos com o apoio de tod@s para aumentar o nº de votos na "Casa das Mães".


Pensamos que será também um bom local de reunião/convívio para crianças e pais que estando, na cidade, em ensino doméstico, se vêem muitas vezes confinados aos seus apartamentos e/ou aos espaços púbicos, por vezes, sujos e inseguros que a cidade nos oferece.

Guia-nos a consciência de que para criar uma criança é necessária uma comunidade activa, coesa e solidária, é necessário que as mães (ou cuidador principal) estejam tranquilas e informadas para poderem fazer escolhas conscientes, é necessário viver em harmonia e sintonia com a natureza.

Chegou a hora de votar.


Necessitamos de ti para construir esta casa! Basta fazer o registo em http://www.cm-lisboa.pt/op/ e votar na "Casa destinada a Mães" (Pós-parto) Toda a gente pode votar, mesmo que não vive em Lisboa.

No Orçamento Participativo de Lisboa (OP) ganham os projectos com mais votos. Vais ajudar a construir este casa?

As crianças de Lisboa contam contigo e este e só o primeiro passo, continuaremos a lutar pelo bem estar das crianças de todo o país.


Temos perfil no facebook: http://www.facebook.com/mportuguesa#!/

e blog: http://casadasmaes.blogspot.com/

Divulga e vota!!!

O nosso Nº Registo de Voto é o 2978, e o teu?


Saudações Maternas

Ron Mueck's Sculptures

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É agora, vota na Casa das Mães de Lisboa!

De 1 a 31 de Outubro decorre a votação nos projectos apresentados ao Orçamento Participativo 2010/2011.


O teu voto pode fazer a diferença!

Cada conta de e-mail pode realizar um voto!

Mesmo que não residas em Lisboa ou em Portugal, podes votar!

A votação decorre on line, através do site do OP - www.cm-lisboa.pt/op - mediante registo do participante.

Faz o teu registo no site do orçamento participativo e escolhe a "Casa das Mães" como o teu projecto para a cidade.

Na imagem que se segue, está assinalado i) a amarelo: a área onde pode aceder à lista dos projectos em votação; ii) a verde: a área de pesquisa de projectos; iii) a vermelho, a área de votação.

O nome do projecto para votação é: Casa destinada a Mães (Pós-parto)


Se preferires, podes participar numa Assembleia de Voto (http://www.cm-lisboa.pt/op/?idc=123) ou utilizar o Autocarro do OP (http://www.cm-lisboa.pt/op/?idc=130) para votar.

Para qualquer esclarecimento contacta a CML, Direcção Municipal de Serviços Centrais, através do dos telefones

21 798 82 20 / 21 798 94 46 / 21 798 95 04 ou consulta o sítio Web www.cm-lisboa.pt/op.

VAMOS CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR PARA @S NOSS@S FILH@S!

domingo, 12 de setembro de 2010

Na "Casa das Mães" encontrarás o apoio e tranquilidade de que necessitas - Faltam 3 semanas para a votação

A “Casa das Mães” é uma casa jardim/horta que proporciona um ambiente acolhedor e caloroso onde bebés e crianças pequenas, podem descansar e brincar em paz, tranquilidade e segurança, de forma livre ou direccionada, sempre na companhia dos seus familiares.


Nos dias em que o teu lar parece demasiado pequeno, quente, frio ou confuso, nas horas em que as ruas da tua cidade estão demasiado soalheiras, molhadas ou ruidosas, nos momentos em que há demasiada gente em teu redor ou, como acontece frequentemente nos primeiros anos de maternidade, sentes um isolamento difícil de quebrar, encontrarás na "Casa das Mães" o apoio de que necessitas.



Titian,The Madonna of the Rabbit', 1530. Musée du
Louvre. Paris




Divulga este projecto e, em Outubro, vota para que seja uma das propostas aprovadas no Orçamento participativo da CML (

http://www.cm-lisboa.pt/op/)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A "Casa das Mães" conta com o teu apoio . Faltam 4 semanas para a votação: Divulga esta ideia

A Casa das Mães é um espaço onde as mães se podem encontrar e entre-ajudar. A "Casa das Mães" alimenta a ideia de comunidade de mães solidárias e ajuda a quebrar o isolamento a que tantas mães e bebés estão sujeitos, desde o nascimento.



http://www.cm-lisboa.pt/op/?idc=110&idi=1916



Divulga esta ideia! Todas as mães e todos os bebés, de todas as povoações do mundo merecem um espaço onde são acolhidos com carinho, paz e segurança!




A partir de 1 de Outubro, vota na "Casa das Mães", através do site da Câmara Municipal de Lisboa - Orçamento Participativo!



Brevemente, informações detalhadas sobre a votação.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Faltam 5 Semanas para a votação - A "Casa das Mães" conta com o teu voto para se tornar realidade

A “Casa das Mães” é uma casa jardim onde as crianças, desde a mais tenra idade e envoltas no amor e carinho das suas mães e/ou cuidador principal, podem experienciar a natureza, sentir as diferentes estações do ano e aprender, através da imitação e/ou da participação activa, a realizar trabalhos produtivos, como fazer pão, modelar o barro, pintar ou tratar do jardim.

Mother and Child Auguste Rodin


A votação do Orçamento Participativo de Lisboa, decorre a partir de 1 de Outubro, divulga esta ideia e, em Outubro, vota na "Casa das Mães" de Lisboa! Contribui para tornar este projecto realidade.


A votação decorrerá no website da Câmara Municipal de Lisboa.


Interregno Semanas 8 a 6

Por motivos alheios à nossa vontade, as mensagens das semanas 8 a 6 não foram enviadas. Retomamos agora com energia e inspiração renovadas para continuar a divulgação da "Casa das Mães de Lisboa". Uma iniciativa que sabemos ser essencial para bem acolher todos os bebés e mamãs do mundo.

Mais informações sobre a obra a que se refere a imagem, aqui


A Casa das Mães é uma proposta independente feita à CML, no âmbito do Orçamento Participativo. A votação do Orçamento Participativo decorre a partir de 1 de Outubro, divulga esta ideia e, em Outubro, vota na "Casa das Mães" de Lisboa! Contribui para tornar este projecto realidade.

A votação decorrerá no website da Câmara Municipal de Lisboa.

Saudações Maternas

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Faltam 9 semanas para a votação - A "Casa das Mães" conta com o teu voto para se tornar realidade

A "Casa das Mães" é uma casa onde mulheres de todas as nacionalidades, culturas, credos e idades podem aprender e ensinar como nutrir uma criança. Entre recém-mamãs e na urgência de amar incondicionalmente os mais pequenos, todas as fronteiras se esbatem.



Mother and Child, Tehuantepec, Oaxaca, Mexico Tina Modotti, MOMA Museum NYC

A "Casa das Mães", proposta nº 764 do Orçamento Participativo de Lisboa, vai a votação daqui a 9 semanas e, com o teu voto, será implementada.

Em breve, teremos pormenores sobre a votação.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mães de bebés querem criar uma casa da maternidade - JN

Casa das Mães é notícia - Jornal de Notícias, 30 de Julho de 2010

Mães de bebés querem criar uma casa da maternidade - JN

Faltam 10 semanas para a votação do Orçamento Participativo. A partir de 1 de Outubro, vota na Casa das Mães de Lisboa e ajuda a tornar este projecto realidade.

A votação decorrerá no website da Câmara Municipal de Lisboa a partir de 1 de Outubro.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Faltam 11 semanas para a votação - A "Casa das Mães" conta com o teu voto para se tornar realidade

Ron Mueck's Sculptures

A "Casa das Mães", proposta nº 764 do Orçamento Participativo de Lisboa, vai a votação daqui a 11 semanas e, com o teu voto, será implementada.

A “Casa das Mães”, é uma casa onde o nascimento e o parto, são acolhidos com a alegria, respeito e carinho que merecem. Onde as histórias de parto são inspiradoras e o conhecimento permite empoderar as mulheres no mais importante momento das suas vidas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A "Casa das Mães" conta com o teu voto para se tornar realidade - Faltam 12 semanas para a votação

A "Casa das Mães", proposta nº 764 do Orçamento Participativo de Lisboa, vai a votação daqui a 12 semanas e, com o teu voto, será implementada.

A “Casa das Mães”, é uma casa onde as mulheres encontram o apoio necessário para experienciar uma gestação, parto e maternidade da primeira infância, tranquilas e emocionalmente positivas.

Ana telhado - http://www.anatelhado.net/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

13 semanas, 13 imagens inspiradoras, 13 razões para apoiar a "Casa das Mães"

Faltam exactamente 13 semanas para o início da votação no Orçamento Participativo de Lisboa. 13 semanas, ao longo das quais publicaremos 13 imagens inspiradoras e 13 motivos para votares na "Casa das Mães".

A Proposta da "Casa das Mães" é a nº 764 do Orçamento Participativo de Lisboa e será implementada se tiver o teu voto.

A “Casa das Mães” é uma casa de afecto onde a consciência, o acolhimento e a partilha, tem a função de permitir que as mães fiquem próximas dos seus bebés e crianças pequenas, o máximo de tempo possível, criando uma relação mãe-filho(a) calorosa, íntima e contínua.
(Botticelli, Abundance)

Vamos continuar a apoiar a "Casa das Mães"

Agradecemos a todas as pessoas que adicionaram a "Casa das Mães" ao seu perfil do Facebook, que comentaram a existência deste projecto nos seus blogs e em vários fóruns na Internet e, claro, que passaram palavra de todas as formas possíveis. Continuamos a contar com a vossa colaboração para que este projecto se torne realidade.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Porquê uma casa inteiramente dedicada à Maternidade?

Mães e filhos são a base da organização social – não há nenhum homem, nem mulher, que não tenha passado pelo colo de outra mulher. Não dar a atenção merecida ou descurar este facto desencadeia mecanismos de violência, delinquência e mal-estar social cujos resultados estão, hoje mais do que nunca, bem visíveis na nossa sociedade.

Conscientes de que os males se tratam, não pelos sintomas que são apenas seus indiciadores, mas na sua etiologia, pretendemos dar um passo no tratamento de uma problemática de base, responsável pelo desequilíbrio físico, psíquico e social: o afastamento físico entre mães (vide cuidador principal) e filhos desde tenra idade, ou a falta de afecto na relação entre ambos ainda que fisicamente próximos.

A legislação nacional já reconheceu a importância desta proximidade – através da nova lei da parentalidade - ao permitir que os pais sejam os cuidadores principais dos seus filhos durante os primeiros anos de vida, devemos agora, à semelhança do que acontece em todo o mundo ocidental, criar as estruturas e serviços que permitam proporcionar, às famílias, uma gestação, nascimento e maternidade da primeira infância tranquilas e emocionalmente positivas.
Foi apresentada, no âmbito do Orçamento participativo 2011 da CML, a proposta de criação, e Lisboa, de uma "Casa Inteiramente Dedicada à Maternidade".

Especificações:

Departamento: Acção Social

Nome da Proposta: Casa-jardim com condições para receber mães e bebés e organizações com apoio à maternidade (AP8)

Resumo: Actualmente, em Lisboa, mães e bebés vivem os meses pós-parto em quase total isolamento, sem acesso a informações tão importantes como a manutenção da amamentação, como evitar a depressão pós-parto, entre outras. Não existem espaços de partilha entre mães nem apoios não médicos que estejam disponíveis nesta fase. Paralelamente, mães e bebés pequenos vivem diariamente com falta de espaços adequados onde não existam dejectos de cães e outros perigos. A minha proposta é a de criação de uma casa-jardim que receba as mães e bebés da cidade e que seja catalisadora das instituições da sociedade civil que actuam nesta área.

Data de Submissão em Assembleia Participativa: 2010-06-24

Número de registo: 764

A PROPOSTA PODE SER CONSULTADA NO SITE DA CML (http://www.cm-lisboa.pt/op/?idc=49&pos=20&action=3&farea=)

A partir de 1 de Outubro, a proposta irá a votação, através inscrição no site da CML/Orçamento Participativo 2011 (http://www.cm-lisboa.pt/op/?action=9) serão implementadas as 5 propostas que conseguirem mais votos e cujo orçamento não exceda 1 milhão de euros. Cada e-mail inscrito no site da CML/Orçamento Participativo 2011, pode voltar numa proposta.

A CRIAÇÃO DESTA CASA ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS!

COMENTA, DIVULGA E, A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO, VOTA!

Para aceder a informações actualizadas consulta:

O Nosso blog: http://casadasmaes.blogspot.com/

ou o nosso perfil no Facebook

Casa Das Mães Lisboa

Cria o teu cartão de visita

Em Setembro, enviaremos informação detalhada sobre os procedimentos para a votação. Até lá, CONTAMOS CONTIGO PARA A DIVULGAÇÃO E CONSTRUÇÃO CONJUNTA DESTE PROJECTO !

Saudações Maternas

terça-feira, 29 de junho de 2010

E tu, vives numa "Aldeia Inteira"?

“É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” e uma “aldeia inteira” não cabe entre quatro paredes, não se mede em m2 e número de assoalhadas cheias de objectos e pessoas televisionadas.

Uma “aldeia inteira” tem gente de verdade, tem mães, pais, avós, tios e tias, vizinhos sempre dispostos a ajudar as recém mamãs e a deitar um olhinho aos mais novos. Numa “aldeia inteira” nenhuma mãe é deixada 10, ou mais, horas por dia com um recém-nascido, sem tempo para cuidar de si e dos seus. Nenhuma mãe tem que sarar sozinha e em silêncio as dores físicas e emocionas que o nascimento e parto podem provocar. Numa “aldeia inteira” há comunidade, pertença e partilha

Numa “aldeia inteira” existem doulas, conselheiras de aleitamento materno, parteiras e todo o tipo de recursos para apoiar mães e bebés fora do contexto hospitalar porque, na “aldeia inteira” sabem que nascer, viver e morrer não é doença. Há sempre alguém que é mais velho, mais sábio e mais experiente para nos guiar e apoiar com tranquilidade. Nenhuma mãe tem que pagar para aprender como dar à luz e nutrir o seu próprio filho. Nenhuma mãe é aterrorizada com histórias macabras de partos difíceis e nados mortos, de leites que secam, que são fracos ou aguados, ao ponto de ter medo de parir e acreditar que é incapaz de amamentar as suas crias. Numa “aldeia inteira” as taxas de cesariana não estão, como entre nós, acima dos 30% (sendo que há instituições privadas onde ultrapassam os 90%), nem as taxas de aleitamento materno exclusivo (isto é, sem leite artificial) se encontram nos mesmos 30%. Numa “aldeia inteira” há conhecimento e passagem da informação.

As mães da aldeia inteira alimentam-se bem e vivem de forma saudável. A qualidade do leite das mães da “aldeia inteira” é a melhor do mundo (aqui também mas ninguém parece saber). Os bebés da aldeia inteira são alimentados ao peito, as crianças da aldeia inteira apanham sol em vez de, como aqui, beberem vitamina D engarrafada; comem frutas, legumes, carne e peixe sem produtos químicos em vez de, como aqui, tomarem vitamina C e outros suplementos, também engarrafados. Na aldeia inteira não há crianças obesas, com problemas respiratórios, eczemas e tantas outras doenças típicas das crianças citadinas do mundo ocidental. Numa “aldeia inteira” há alimentação de qualidade e fomento de hábitos saudáveis.

Numa “aldeia inteira” as mães e pais sentem-se seguros e confiantes, sabem o que é melhor para os seus filhos e sabem que são as melhores pessoas no mundo para lho proporcionar. Não entregam o presente e o futuro das suas crias à exclusiva responsabilidade de pediatras, enfermeiros e enfermeiras, professores e professoras, educadores e educadoras variados. As mães da “aldeia inteira” não sofrem de depressão pós parto porque existem condições físicas e humanas para que se possam viver a maternidade na sua plenitude. Numa aldeia inteira há empowerment, há confiança.

Uma “aldeia inteira” tem crianças. Crianças de todas as idades, todas misturadas, as mais novas a aprender com os mais crescidos o que mais tarde vão “saber” “ser” e “fazer”, os mais velhos a aprender desde cedo a cuidar de quem é mais indefeso. Numa “aldeia inteira” não existem “depósitos de crianças” (a que chamamos creches, infantários e berçários, ATL’s) onde estas são fechadas e segregadas por idades (nem “salas de espera da morte” às quais chamamos lares, centros de dia, OTL’s, na esperança de nos esquecermos de que os filhos que depositamos hoje nos vão lá largar amanhã). As crianças acompanham as mães nas suas actividades diárias. Nenhum bebé é deixado sozinho a chorar ou em frente à televisão. O ritmo de vida permite integrar os mais pequenos em vez de, como aqui, os excluir. Porque numa aldeia inteira, as mães tem espaços onde estar com outras mães e onde trabalhar com as suas crianças por perto. Na “aldeia inteira” nenhuma jovem chega à idade de ter filhos sem nunca ter tido um bebé nos seus braços, sem nunca ter visto um bebé ser amamentado ao peito. Numa aldeia inteira há observação, participação e aprendizagem pela experiência.

As crianças da “aldeia inteira” cantam, brincam, pintam, dançam, sujam-se livremente (e gratuitamente). Os bebés aprendem a gatinhar e andar na terra, nos campos verdes, na relva e não, como aqui, em andarilhos de plástico que lhes deformam as pernas fechados, dentro das suas casas (ou dos seus depósitos). Curiosamente, ou não, as crianças da “aldeia inteira” não sofrem de défice de atenção e não tem 1001 alergias. Numa aldeia inteira há brincadeira.

Numa “aldeia inteira” os passeios são para as pessoas e não para os veículos, os jardins são para as crianças brincarem e não apenas para os cães e seus dejectos. As famílias podem permanecer nos espaços públicos limpos, vigiados, sem ruídos que assustam os bebés, sem fumos vários de muitos escapes, à sombra e sem medo de serem assaltadas a qualquer momento. Numa aldeia inteira há espaço e segurança.

Uma “aldeia inteira” não sofre de desertificação, envelhecimento, baixa de natalidade porque na aldeia inteira apoia-se a vida na prática e não apenas em intenção.

Eu e o meu bebé não vivemos numa “aldeia inteira”, aqui, onde nós vivemos, foram implementadas medidas de política que permitem às mães ficar em casa com os seus bebés até aos seis meses mas as dificuldades de SER MÃE nesta cidade são tão grandes que há muito quem descreva os primeiros meses de vida dos seus filhos como tendo sido “um inferno”, “um suplício”, “um horror”. SER MÃE, em Lisboa, em 2010, é ficar em casa fechada, sozinha, mais de 10 horas por dia, sem tempo para preparar refeições completas, sem conselhos sábios quando o leite sobe, as mastites chegam ou a primeira febre do bebé aparece. É ir às urgências com o filho para descobrir que este não tem nada de urgente mas não dispor de mais nenhuma instância de apoio. É não saber distinguir um pico de crescimento de um bebé e desesperar porque se pensa que é a má qualidade do nosso leite e dos nossos cuidados que o fazem chorar. É ir ao “cantinho de amamentação” do nosso centro de saúde e descobrir que não passa de um papel colado a uma porta. É ter que pagar para toda e qualquer actividade que inclua bebés porque, infelizmente, os nossos filhos só são tidos em conta enquanto potenciais consumidores. É querer alimentação de qualidade e não a encontrar porque os restaurantes não tem motivos para fazer comidas particularmente saudáveis para mães e bebés. É sair à rua e não ter passeios, nem sombras, não conseguir proteger os bebés dos ruídos dos carros, do calor, da chuva, do frio. É ser assaltada no eléctrico 28 e no Jardim do Torel sob o olhar impávido das autoridades. É ter na alcatifa da FNAC e do átrio de alguns museus, os únicos espaços não molhados e gelados onde um bebé pode gatinhar no inverno. É ser expulsa de jardins de entidades públicas por estes (incompreensivelmente) não estarem abertos ao público. É querer um jardim sem urina e cocó de cão para descansar com o bebé e não encontrar. É ter que lidar com o voyeurismo de quem pensa que uma mama é um objecto sexual e não apenas a fonte de alimentação dos nossos filhos.

Eu e meu filho não vivemos numa “aldeia inteira” e não temos por intenção transformar a nossa cidade inteira. Eu e o meu bebé, tal como muitas outras mães, pais, bebés e amigos da humanidade, acreditamos que é possível criar um “ESPAÇO INTEIRAMENTE DEDICADO À MATERNIDADE”. Uma casa com jardim onde as mãe se bebés possam encontrar comunidade, pertença e partilha, conhecimento e passagem da informação, alimentação de qualidade e fomento de hábitos saudáveis, empowerment e confiança, observação, participação e aprendizagem pela experiência, brincadeira, em suma, onde possam encontrar espaço e segurança.

Esta proposta é para que se crie uma casa seja uma porta aberta para receber grávidas, mães, pais e bebés de Lisboa. Uma casa na qual as famílias se sintam seguras, cuidadas, acompanhadas e aceites. Uma casa que seja catalisadora das muitas instituições da sociedade civil, profissionais, pais e mães que trabalham por uma vida melhor para as nossas mamãs e bebés. Já há muita gente a trabalhar para trazer a “aldeia inteira” à cidade. Vamos juntar todos os esforços num só espaço para assim chegar à cidade inteira.

Porquê uma casa Inteiramente dedicada à Maternidade?

Mães e filhos são a base da organização social – não há nenhum homem, nem mulher, que não tenha passado pelo colo de outra mulher. Não dar a atenção merecida ou descurar este facto desencadeia mecanismos de violência, delinquência e mal-estar social cujos resultados estão, hoje mais do que nunca, bem visíveis na nossa sociedade.

Conscientes de que os males se tratam, não pelos sintomas que são apenas seus indiciadores, mas na sua etiologia, pretendemos dar um passo no tratamento de uma problemática de base, responsável pelo desequilíbrio físico, psíquico e social: o afastamento físico entre mães (vide cuidador principal) e filhos desde tenra idade, ou a falta de afecto na relação entre ambos ainda que fisicamente próximos.

A legislação nacional já reconheceu a importância desta proximidade – através da nova lei da parentalidade - ao permitir que os pais sejam os cuidadores principais dos seus filhos durante os primeiros anos de vida, devemos agora, à semelhança do que acontece em todo o mundo ocidental, criar as estruturas e serviços que permitam proporcionar, às famílias, uma gestação, nascimento e maternidade da primeira infância tranquilas e emocionalmente positivas.